A Polícia Científica do Pará (PCEPA), junto com agentes da Polícia Civil e Polícia Militar, realizou uma reprodução simulada dos eventos ocorridos no município de Parauapebas, no sudeste paraense. Essa ação foi solicitada pela Delegacia da Mulher local para esclarecer aspectos relacionados à investigação do suposto suicídio da empresária Verônica Zanoni, de 28 anos. A iniciativa foi tomada após o laudo da necropsia revelar sinais de estrangulamento, indicando que a morte não foi um suicídio.
A simulação ocorreu nos fundos da loja em que Verônica era sócia com seu esposo, Ariel Zanoni, onde o corpo da vítima foi encontrado sem vida. Quatro peritos criminais da PCEPA estiveram envolvidos na simulação, utilizando informações obtidas a partir de fotografias do local do incidente. José Augusto Andrade, perito criminal, explicou que durante a simulação foi utilizada uma corda semelhante à encontrada no mezanino da loja, além de um boneco para tentar recriar as condições do suposto suicídio e analisar a situação.
A dinâmica também se estendeu a um supermercado na região, onde o marido da vítima afirmou ter estado uma hora antes de descobrir o corpo da esposa. “Fizemos todo o percurso: saímos da loja onde ele trabalhava, fomos ao supermercado, passamos pelo caixa e caminhamos até o carro, retornando à loja que ele possuía, para cronometrar o tempo de deslocamento”, detalhou o perito José Augusto Andrade.
A reprodução simulada teve uma duração aproximada de 4 horas e meia e começou com o depoimento do esposo da vítima, que montou a cena conforme relatado por ele, sem influência externa. Um dia antes da simulação, os peritos realizaram uma visita técnica ao local do crime para coletar informações e realizar medições necessárias para o procedimento.
Essa ação visa esclarecer os eventos que levaram à morte de Verônica Zanoni e colaborar com as investigações conduzidas pelas autoridades competentes.