Paraenses dão show de diversidade e apresentam do tecnobrega ao carimbó no Rock in Rio

Paraenses dão show de diversidade e apresentam do tecnobrega ao carimbó no Rock in Rio

Apesar de ter a palavra “rock” no nome, O Rock in Rio é um evento que agrega vários estilos musicais, aumentando a diversidade e deixando o evento mais completo. Nesta quinta-feira, 3, foi a vez da música paraense ser representada no maior programação de música do Brasil.

O chamado palco Sunset deu lugar aos gêneros típicos do Pará: carimbó, guitarrada, tecnobrega, lambada e até pop eletrônica foram ouvidos pelo público. A festa foi comandada por Dona Onete, Fafá de Belém, Gaby Amarantos, Jaloo e Lucas Estrela. Todos dividiram o mesmo espaço no palco simultaneamente.

Dona Onete, cantora paraense que vem ganhando prêmios e sendo destaque por sua música em eventos internacionais, foi a maior representante do Catimbó. Aos 80 anos a artista cantou sucessos como “Jamburana” e “No Meio do Pitiú”, que sempre aparecem nas baladas de brasilidades.

Quando levadas ao palco, as músicas de Dona Onete ainda ganham a força do carisma de uma vovó de voz e presença imponentes que dança e sorri o tempo inteiro sentada em uma espécie de trono florido. Sem contar a banda, que inclui Pio Lobato, um dos nomes mais importantes da guitarrada.

Produzido por Pio, o músico Lucas Estrela fez a primeira participação no show, com sua viagem instrumental a seu estado de origem e o resgate das sonoridades da guitarrada e do tecnobrega.

Quem também visitou o brega foi Gaby Amarantos, uma das cantoras a emplacar o gênero no mainstream com “Ex Mai Love”.

Em “Chuva”, música de Jaloo que o levou ao palco, Gaby pediu pensamentos positivos para a Amazônia. “Ela está pegando fogo neste exato momento com esses incêndios criminosos. Que a gente se conscientize de que precisamos cuidar da nossa floresta.”

A dupla ainda dividiu os vocais em “Céu Azul” e “A Cidade”, canções de Jaloo que fizeram a plateia pular antes de receber Fafá de Belém.

A cantora apareceu no palco com uma pintura indígena no rosto e endossou o discurso da proteção da Amazônia, dizendo que “floresta boa é floresta em pé”, o que causou gritos de “Lula livre” na plateia.

Na parte final da apresentação, os convidados embarcaram em uma sequência de carimbó e cantaram juntos sucessos como “Vermelho”, “Sinhá Pureza” e “Ilha do Marajó”. Terminaram dançando e sacudindo bandeiras do Pará, com Dona Onete em pé, cantando “Banzeiro”.

Fonte: Folha de SP

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