PF realiza maior apreensão de madeira ilegal da história

PF realiza maior apreensão de madeira ilegal da história

A Polícia Federal realizou a maior apreensão de madeira ilegal da história do Brasil. Nos últimos dias, os agentes retiveram um total de 131,1 mil metros cúbicos de toras, em uma região localizada na divisa do Pará com o Amazonas.

O cálculo da PF ainda será periciado e os agentes receberão o apoio do Exército nos próximos dias para intensificar ainda mais os trabalhos da operação Verde Brasil 2.

As 43.700 toras apreendidas estão dispersas em pátios de madeira, ao longo dos rios Mamuru e Arapiuns. De acordo com o comandante da operação, Alexandre Saraiva, a região sofre há muito tempo com uma grande incidência de crimes ambientais, mas a PF vem trabalhando para combater estas práticas.

“É uma área que estava sofrendo uma devastação irracional, que de forma alguma pode ser chamada de manejo florestal. O comércio ilegal de madeira sofrerá um baque muito grande com esse trabalho”, explicou Saraiva.

O recorde de apreensão havia ocorrido em 2010, quando foram apreendidos cerca de 65 mil metros cúbicos na Reserva Extrativista (Resex) Renascer, também no oeste do Pará. O volume é a metade do que foi retido na semana passada.

A operação começou após a apreensão de uma balsa com 3 mil metros cúbicos de madeira com documentação irregular no rio Mamuru, município de Parintins (AM), em 16 de novembro. As toras haviam sido extraídas no Pará, mas, para transportá-las, é preciso passar pelo estado vizinho.

A partir das informações obtidas sobre a origem das toras, a PF analisou imagens de satélite da região via sistema Planet, de alta precisão. Em seguida, policiais fizeram um sobrevoo de helicóptero, que filtrou os pontos de interesse de 120 para 40 locais, com quantidades de madeira variando entre 10 mil metros cúbicos e 30 mil metros cúbicos.

Tudo isso é resultado das novas tecnologias, uma inevitabilidade histórica. Não há mais como voltar ao tempo em que se podia saquear a Amazônia impunemente, contando com o tamanho da floresta”, diz Saraiva. “Sem o Planet, não teríamos esse alcance todo.”

Fonte: Folha de SP

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